sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

São Paulo: escola de balé para cegos


A resistência e confiança exibidas por algumas pessoas com algum tipo de deficiência nos deixam boquiabertos, e às vezes elas são até mesmo capazes de fazer coisas que nós não conseguimos.

Dança é uma delas. Embora seja quase inconcebível pensar em uma pessoa cega que seja capaz de perceber e fazer movimentos de dança de uma forma bela e clássica, como balé, uma escola de balé aqui mesmo, do Brasil, conseguiu exatamente isso – treinar bailarinos cegos.
Fernanda Bianchini, que começou a escola que fica em São Paulo em 1995, tinha estudantes relutantes no começo, muitos dos quais sem nenhuma ideia do que era balé.
Usando métodos únicos de ensino que envolvem toque, Fernanda foi capaz de ensinar tudo aos alunos sobre balé, incluindo a forma de amarrar o cabelo para cima em um coque.
Para ensinar suas meninas os movimentos do balé, elas tocam as pernas e braços de Fernanda enquanto ela demonstra. Mesmo que tenha sido uma íngreme curva de aprendizado, a professora admite que as meninas conseguiram aprender a forma de arte lindamente.
A escola iniciada por Fernanda é financiada principalmente através de doações. Aproximadamente 300 dançarinos foram treinados por esta escola única.
A maioria dos alunos iniciais está agora em seus vinte e poucos anos, com uma nova geração de estudantes ingressando nessa jornada.
A fim de dar asas aos sonhos e esperanças de seus melhores alunos, Fernanda começou uma companhia de balé própria. Seu sonho é ver seus alunos atuarem em um palco. 


Visite o site da companhia!
http://www.ciafernandabianchini.org.br/
Fonte

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Crianças especiais: o que fazer com os tratamentos durante as férias?


Fernando Martinho

A agitação do ano todo, somada às aulas na escola, terapias e aos vários tratamentos a que a criança é submetida, precisa ser recompensada


Jeanne Callegari e Thais Lazzeri

Tirar férias, de meados de dezembro até o final de janeiro é, de certa forma, considerado pelos especialistas como parte do tratamento das crianças especiais. Isso porque esses dias servem como um tempo de descanso para os pais e, principalmente, para os filhos, que ficam mais livres para se divertir e brincar sem a preocupação do horário das consultas e das idas a clínicas e hospitais. 

De quebra, alguns profissionais da área de saúde também aproveitam esses dias para relaxar, e muitas clínicas fecham para um recesso necessário. "Os pais podem fazer em casa alguns exercícios básicos, como sentar a criança da maneira certa e colocar adequadamente os aparelhos, conforme cada caso", afirma Antonio Carlos Fernandes, diretor clínico de uma associação de assistência à criança deficiente. 

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Delícia de vida



Ser amado completamente, pura e simplesmente, sem necessidade de ser aprovado ou entendido...
Receber amor em completa medida, ser tocado no mais fundo do ser e ainda sim querer mais...
Sentir o toque suave das suas maos no momento em que o chao some debaixo dos pés...
Ouvir sua voz a sussurrar no meu ouvido e saber que meu nome esta gravado na palma das suas maos...
Na indecisao de nao saber por onde ir, parar e saber que me indicara o caminho...
Compartilhar da sua alegria no riso de uma criança ou na doçura de um olhar de um anciao...
Poder te adorar com uma cançao ou com as lagrimas de um coraçao arrependido...
Viver tudo isso.... é como saborear um delicioso bocado, algo feito especialmente pra mim... Que deve ser saboreado aos poucos... sabendo que o melhor ainda esta por vir...
Quando estarei ceando contigo, em Tua presença.. comendo o melhor dos manjares...

Lu Oliveira


E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.
João 14:3

Meu universo - Pg

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Equoterapia auxilia no desenvolvimento de portadores de deficiência

















A equoterapia é um método terapêutico e educacional que traz benefícios a portadores de deficiência física utilizando o cavalo de forma interdisciplinar nas áreas da saúde, educação e equitação.O objetivo do tratamento é desenvolver o equilíbrio e fortalecimento da musculatura dos pacientes com o auxílio de uma equipe profissional.       
Segundo a instrutora de equitação, fonoaudióloga e equoterapeuta Karina Cury C. Macedo, a utilização do cavalo como instrumento terapêutico proporciona um movimento tridimensional, semelhante ao do homem quando caminha. “Enquanto a pessoa está montando, o cérebro está em constante atividade para realizar os ajustes posturais, motores e respiratórios", e acrescenta: “Isso coloca o praticante em alerta e sua atenção trabalha a nosso favor, permitindo que sejam feitas as estimulações necessárias”.

No caso da Fonoaudiologia, procura-se propor situações de comunicação aproveitando o cavalo e o ambiente terapêutico diferenciado. “Podemos trabalhar desde o aumento do vocabulário até, em casos mais graves, gestos comunicativos. A produção da fala é estimulada através do movimento tridimensional que o cavalo produz, que influenciará diretamente nos músculos da cavidade oral, da laringe e também na respiração”, explicou Karina.

Para a diretora do Equocenter, Ivana Regina Leonardo, existem algumas contraindicações na equoterapia. “Esse tipo de terapia não é indicado para pessoas que tenham problemas na coluna vertebral, epilepsia não controlada, luxações de ombro ou de quadril, assim como pacientes que tenham comportamento auto-destrutivo ou muito medo de animais”, esclareceu.

A equoterapia além de contribuir para o aumento da força muscular,  provoca relaxamento, conscientização do próprio corpo, aperfeiçoamento da coordenação motora, equilíbrio e, conseqüentemente, melhora a autoestima. “Esse tipo de terapia oferece formas de aplicação diferenciadas, como o ambiente de trabalho: o picadeiro coberto ou descoberto, a pista de areia ou grama, enfim ambientes que fogem aos padrões convencionais”, ressalta Ivana.

   A equoterapeuta Karina Macedo afirma que a eficácia desse tratamento está na atuação de vários profissionais. “A equoterapia é marcada pelo trabalho conjunto de psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais”. E explica o motivo da utilização do cavalo, por ser um animal dócil, capaz de aceitar com facilidade diferentes relacionamentos. “Ele aceita qualquer pessoa de forma incondicional”, afirma.

Editado por Marília Spressola.

Fonte

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Síndrome de Down e a importância da hidroterapia



A hidroterapia pode ser conceituada como a execução de exercícios em meio líquido para recuperação de movimentos, utilizando as propriedades físicas da água, segundo Guimarães, 1996 e Marins, 1997. A hidroterapia é um método terapêutico que utiliza os princípios físicos da água em conjunto com a cinesioterapia e parece ser uma atividade ideal para melhorar ou tratar as dificuldades motoras, características da SD.


Esse tipo de atividade pode associar exercícios de equilíbrio, força e propriocepção. Um melhor equilíbrio pode ser conseguido com treinamento muscular e isso pode auxiliar na melhora da hipotonia. Ao ser inserido no meio aquático, o organismo é submetido a diferentes forças físicas e, em conseqüência, realiza uma série de adaptações fisiológicas, além de possuir vantagens para esse grupo populacional, com aproveitamento das suas propriedades, possibilitando um melhor rendimento aos portadores da SD.


A criança portadora da Síndrome de Down é muito dócil, bem como jovens e adolescentes, o que acaba por tornar o trabalho com a hidroterapia muito gratificante para o profissional responsável. Na realidade, o ponto de partida é, justamente, o bom relacionamento, o diálogo, a confiança estabelecida entre o profissional e a pessoa com SD, uma vez que se sabe da dificuldade de sua inclusão e participação ativa na sociedade como um todo.


Uma das características principais da Síndrome de Down, e que afeta diretamente o desenvolvimento psicomotor é a hipotonia generalizada, presente desde o nascimento (GALLAGHER, 1990). O tônus é uma característica individual, por isso há uma variação entre as crianças com esta síndrome. A criança que nasceu com Síndrome de Down vai controlar a cabeça, rolar, sentar, arrastar, engatinhar, andar e correr, exceto se houver algum comprometimento além da síndrome. Quando ela começa a andar, há necessidade ainda de um trabalho específico para o equilíbrio, a postura e a coordenação de movimentos. A hipotonia muscular faz com que haja um desequilíbrio de força nos músculos da boca e face, ocasionando alterações na arcada dentária, projeção no maxilar inferior e posição inadequada da língua e lábios com a boca aberta e a língua sempre para fora, a criança respira pela boca, o que acaba alterando a forma do palato. Esses fatores, dentre outros, fazem com que os movimentos fiquem mal coordenados.

A hidroterapia poderá ser útil aos portadores da SD, pois o ganho de força muscular para pacientes com Síndrome de Down pode ser conseguido através da resistência da água ao movimento, o que pode ser incrementado com o aumento da velocidade durante a execução destes e, conseqüentemente possibilitar o trabalho muscular. A flutuação é outra propriedade que pode oferecer resistência, e neste caso o movimento deve ser realizado no sentido da superfície para o fundo da piscina. A viscosidade é outro fator que proporciona resistência ao movimento e está intimamente ligada à velocidade (MARINS, 2001).

O trabalho de fortalecimento e equilíbrio muscular e determinadas posturas, pode utilizar a turbulência da água, provocada em diferentes velocidades, permitindo o desafio do equilíbrio para diferentes tipos de déficits motores. A adequação do tônus muscular pode ser realizada co-contração através de exercícios resistidos contra a flutuação e a viscosidade da água, durante algumas atividades lúdicas (GUIMARÃES, 1996). A densidade corporal destas crianças está diminuída pela hipotonia, fato este que leva a uma facilitação da posição de flutuação, possibilitando a realização de atividades como o nado adaptado, trazendo diversos benefícios, como o fortalecimento muscular global e o treino respiratório. A pressão hidrostática oferece estímulos proprioceptivos e táteis, que auxiliam na adequação do tônus, no trabalho sensorial, e também na resistência aos movimentos (FLINKERBUSCH, 1993).

Assim, o progresso das crianças e jovens com SD depende muito da dedicação dos profissionais que vão atuar com eles e, principalmente da família. Sendo assim, alcançou-se os objetivos deste trabalho, refletindo sobre a importância de exercícios de equilíbrio e da hidroterapia, como forma de auxiliar no processo de desenvolvimento das pessoas com Síndrome de Down. Para tanto, a criança especial que for bem estimulada, aquela que se tornar participante de eventos sociais e familiares, poderá ter um desenvolvimento muito mais satisfatório.

domingo, 6 de novembro de 2011

Medicamentos proibidos para pessoas com síndrome de Down


Cássia Valéria Colhone
1. Todos os derivados atropínicos.
A atropina - assim como outros medicamentos anti-colinérgicos - é freqüentemente usada antes de cirurgias. Também é empregada para espasmos intestinais e problemas de bexiga. A sensibilidade dos portadores de Síndrome de Down a estes medicamentos deve-se à deficiência extrema de acetil-colina em seus organismos.
Fontes:
  • Kent McLeod, bioqímico do Laboratório Nutri-Chem, publicado na newsletter Bridges, outubro de 1996).
  • Centro de Estudos e Pesquisas Clínicas de São Paulo Ltda, Dr. Zan Mustacchi, pediatra especializado – www.sindromededown.com.br

2. Os colírios à base de atropina devem ser igualmente evitados.
Utilizados por oftalmologistas para dilatar as pupilas um exames de fundo de olho. Devido ã hipersensibilidade apresentada pelos portadores se Síndrome de Down ao princípio ativo da atropina, os oftalmologistas devem optar por colírios SEM esta substancia.
Fonte: Dr Ruy do Amaral Pupo Filho, pediatra e pai de uma menina com sídrome de Down.


3. Todos os medicamentos à base de Trimetropin
Provocam alterações no desenvolvimento mental. Os nomes comerciais de medicamentos à base de Trimetropin, no Brasil, são:
Amplectrin Assepium Bacgem Bacgerm
Bactrex Bactricin Bactrim (*) Bactrizol
Balsiprim Benectrin Diastrin Dientrin
Dispeptrim Duoctrin Entercal Enterotrin
Espectrin (*) Geltex Geltrim Imuneprim
Infectrin Intestozol Kelfizina Lipadrim (*)
Pectrasol Primazol Pulkrin Pulmotrin
Reivax Selectrin Septiolan (*) Septra
Septricin Stoptil Stopil Sulfaxol
Supristol Suss Trimesulf Trimexasol (*)
Trizol Urizal Urobactrex Uro-bactrim
Uroctrin  Urofar Uro- Infectrin Uro-Geltrim
Uro-Septiolan Uro-septra Uroseptricin Urotal
Utrim      
(*) Medicamentos com formulação pediátrica   Fonte: Dicionário de Especialidade Médica 83/84
Fonte: Prof. Dr. José Carlos Cabral de Almeida - Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ.


4. Epasmo-Luftal.
É contra indicado porque pode piorar a hipotonia da musculatura intestinal dos portadores de Síndrome de Down propiciando ou agravando a obstipação intestinal (intestino preso), já freqüente nestas crianças.     
Fonte: Dr Ruy do Amaral Pupo Filho, pediatra e pai de uma menina com síndrome de Down.


5. Methotrexate
Devido à maior incidência de leucemia entre portadores de Síndrome de Down, este medicamento é freqüentemente usado. No entanto, a droga é antagonista do ácido fólico, que os portadores de Sïndrome de Down já têm em menor quantidade e assimilam menos ao ingerir alimentos.
Fonte: Kent McLeod, bioqímico do Laboratório Nutri-Chem, publicado na newsletter Bridges, outubro de 1996.


6. Antibióticos à base de sulfa.
Causam maior incidência de brotoejas, exantemas e distúrbios de comportamento. Qualquer composto à base de enxofre provoca efeitos adversos em portadores de Síndrome de Down, dada a   dificuldade de seu organismo em filtrar estes compostos do sangue e eliminá-los eficientemente.
Fonte: Kent McLeod, bioqímico do Laboratório Nutri-Chem, publicado na newsletter Bridges, outubro de 1996.


7. Anestésicos, drogas psicoativas e medicamentos de uso prolongado.
 De modo geral, o organismo humano elimina drogas em duas fases. Na segunda fase, a droga é conjugada ou ligada a uma das três substâncias fabricadas pelo organismo para torná-la solúvel em água e eliminá-la facilmente pelas vias urinárias. Duas dessas substâncias são conhecidas: glutathione e sulfato. Ambas são insuficientemente produzidas no organismo de portadores de Síndrome de Down. A terceira substância ainda não foi suficientemente estudada.  

Isso significa que qualquer droga administrada a uma com SD terá 2 de suas 3 vias de eliminação comprometidas. A droga permanecerá por mais tempo no organismo, com efeitos - benéficos ou colaterais potenciais - mais prolongados. Precauções e atenção especial são recomendados, portanto, na administração de anestésicos, remédios de uso prolongado, drogas psicoativas e medicamentos com períodos terapêuticos pré-determinados.
Fonte: Kent McLeod, bioqímico do Laboratório Nutri-Chem, publicado na newsletter Bridges, outubro de 1996.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Síndrome de Down e tendência a sobrepeso: veja qual é a alimentação adequada!


síndrome de down e obesidade


Vivemos hoje uma "epidemia" de obesidade. Em grande parte dos países – incluindo o Brasil – verificando-se um pool de indivíduos obesos, que trazem consigo um aumento das taxas de doenças cardiovasculares, diabetes e outros problemas. Na síndrome de Down há uma tendência ao sobrepeso e obesidade, conferida tanto pela taxa de metabolismo basal mais lenta, como pelo hipotireoidismo, que aumenta sua frequência conforme a criança vai crescendo.


Sendo assim, é interessante toda a família manter hábitos alimentares saudáveis, pois o cardápio ideal para a criança Down é na verdade bem variado, leve e satisfaz as necessidades de toda a família. Não adianta restringir refrigerantes e doces se a criança cresce vendo os pais e irmãos consumirem tais alimentos com frequência. Aproveitando o primeiro aninho da criança para reeducar toda a família, não haverá dificuldades nutricionais nos anos seguintes.
Os pediatras possuem curvas de peso e estatura específicas para meninos e meninas Down, que servem de base para o seguimento do peso, parâmetro mais importante do ponto de vista de prevenção de morbidades do que a estatura. Não é necessário um cálculo restrito de quantidades de calorias a serem ingeridas por dia ou dietas espartanas, mas toda criança deve ter uma puericultura regular, para que os acréscimos na velocidade de ganho de peso sejam precocemente identificados e as alterações na dieta sejam feitas. Assim, a criança não precisa ficar passando por "regimes", e sim se adaptar paulatinamente às suas reais necessidades calóricas, conforme seu metabolismo e grau de atividade.
Além da obesidade, outros desafios são a constipação (prisão de ventre), o refluxo gastroesofágico, a doença celíaca (má absorção do glúten), o diabetes e as intolerâncias alimentares. A constipação e o refluxo ocorrem pela hipotonia da musculatura digestiva; a doença celíaca e o diabetes parecem se correlacionar com autoimunidade, bem como as intolerâncias alimentares. Algumas crianças portadoras de doença de base podem ter necessidades nutricionais diferenciadas, como as portadoras de cardiopatias, predispostas à desnutrição.
Como o assunto é muito extenso, vamos discutir um pouco sobre uma dieta adequada para a família Down, que vise prevenir os problemas nutricionais mais importantes, pois as adequações específicas para cada criança ficam a critério do pediatra, gastroenterologista ou endocrinologista, conforme o caso.

ALIMENTAÇÃO ADEQUADA
Nos primeiros 6 meses de vida, a dieta do nenê é basicamente láctea, sendo o leite materno o alimento mais completo e adequado. Lembro da importância do banho de sol, que converte a vitamina D em forma ativa, que por sua vez age incorporando o cálcio à matriz dos dentes e aos ossos. Sempre que possível, o aleitamento materno exclusivo deve ser mantido até os 6 meses e, após a introdução dos outros alimentos, ser mantido por até 2 anos de idade, conforme a aceitação da criança, a conveniência da mãe ou a disponibilidade do leite materno. Os chás devem ser evitados, pois, além de serem desnecessários, provocam anemia e desencadeiam refluxo. Até os 6 meses de vida, desaconselhamos o uso de água mineral, pois seus minerais podem provocar danos ao rim.
Entre os 6 meses e os 12 meses, devemos acrescentar frutas, verduras e proteína animal de maneira gradual, escolhendo alimentos da nossa região e da época, introduzindo-os aos poucos e dando preferência aos alimentos integrais e de produção orgânica, facilmente encontrados nas grandes redes de supermercados. O excesso de fibra pode reduzir a absorção de alguns nutrientes (como as vitaminas A e D), e isso deve ser levado em consideração quando a constipação é mais importante. As crianças com SD têm uma dificuldade de converter a pró-vitamina A contida nos alimentos (mamão, abóbora, cenoura) em vitamina A ativa, provocando deposição da pró-vitamina na pele, dando uma coloração amarelada facilmente observada nas palminhas, nos pés e em volta do nariz. Essa pigmentação é chamada de hipercarotenemia e, quando ocorre, limitamos os tubérculos citados e o mamão. Quando o bebê não está mais recebendo leite materno, optamos por fórmulas lácteas modificadas, pois são enriquecidas com ferro, vitaminas e ácido fólico. A vitamina D contida no leite materno é fundamental para os ossos e dentes, mas só fica na sua forma ativa quando a criança se expõe ao sol. Na impossibilidade da criança tomar o banho de sol (inverno, internamento, etc.), a vitamina D deve ser suplementada. Falando em suplementação, na SD há uma necessidade aumentada de ácido fólico e, conforme a dieta da criança e seus exames de sangue (anemia), esse elemento deve ser suplementado. Outras necessidades, como ferro oral, vitaminas E ou C, cálcio ou complexo B, seguem conforme as necessidades da população geral. É conveniente ressaltar que crianças que consomem leites modificados já recebem um bom aporte de vitaminas, e as vitaminas em excesso dão sintomas piores que sua carência.
O suco de frutas deve ser concentrado e sem açúcar. As frutinhas devem ser amassadas no garfo ou raspadinhas, e oferecidas aos poucos e com cuidado, depois dos 6 meses. Papinhas são ofertadas conforme o tônus do nenê, e isso varia de nenê para nenê.
A primeira papinha salgada pode ser liquidificada, mas aos poucos prefere-se amassar a parte sólida da sopa com o garfo, até que a criança vá coordenando mastigação-deglutição. A cada mês a papinha fica mais grossa, até conseguir passar a ofertar comidinha. A segunda refeição salgada do dia deve começar a entrar no cardápio quando a criança já aceita o volume esperado na hora do almoço. Adequar a dieta de um lactente exige paciência e muito carinho. Nessa idade é feita a base e, se uma recusa alimentar é seguida da pronta oferta de uma mamadeira, dificilmente conseguimos que a criança se alimente bem no futuro. Evitar o hábito do consumo de doce e do excesso de mamadeiras que tanto contribuem para a obesidade dá trabalho, mas vale a pena.
O glúten, contido nos preparados para mingaus, nos biscoitos e macarrão, por exemplo, só deve ser introduzido depois dos 7 meses. A clara de ovos e o iogurte devem ser introduzidos só após os 12 meses de vida. A clara de ovos provoca muita alergia e sequestra ferro; o iogurte, apesar de rico nutricionalmente, contém muito açúcar e provoca infecções intestinais, por ser um alimento extremamente perecível (não é raro vermos iogurtes fora da refrigeração abandonados por compradores em supermercados, e que evidentemente voltam aos refrigeradores algum tempo depois). Até 1 aninho de idade, todos os utensílios do nenê devem ser fervidos.
O nabo e a folha verde de mostarda interferem no metabolismo da tireoide, devendo ser evitados. Ainda bem que é só isso – quem precisa de nabo ou de mostarda? Por isso que não falo em restrição alimentar na síndrome de Down, mas em adequação, em reeducação. Muitas crianças da população geral têm hipercarotenemia, tantas outras são diabéticas ou possuem constipação crônica e tantas outras são alérgicas ao leite ou intolerantes ao glúten, o que nos faz mostrar que a dieta melhor para a criança Down é a melhor para todo mundo, pois é rica em fibra, pobre em açúcar refinado e gordura, variada e muito saudável. Restrições são prescritas caso a criança tenha um problema nutricional particular, seja ela Down ou não.

ALIMENTOS QUE DESENCADEIAM REFLUXO GASTROESOFÁGICO
Alimentos que contêm xantinas, tais como café, chocolate, refrigerantes tipo cola e chás; alimentos muito gordurosos (relaxam mais a musculatura do esfíncter que fica entre o esôfago e o estômago); leite: nos casos de alergia ao leite, o refluxo pode ser secundário à alergia, quadro relativamente comum.

ALIMENTOS CONTRAINDICADOS NA DOENÇA CELÍACA (e que devem ser evitados antes dos 7 meses de vida)
Cereais ou massas para mingaus, aveia, trigo - pães, macarrão, biscoitos
Cevada e centeio

ALIMENTOS QUE PODEM PIORAR A CONSTIPAÇÃO
Algumas frutas: goiaba, caju, banana, maçã
Alguns tubérculos: batata, cenoura
Leite
Farináceos


Fernanda S. de Azevedo Gomes é Educadora Especial, Graduada em Pedagogia/Educação Especial e Pós-graduada em Inclusão Escolar.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Livro infantil tem nova técnica em braille


Coleção põe no mercado método diferente de impressão de livros para deficientes visuais, com desenhos em alto relevo, texturas e aromas
Cristiane Rogerio

Ilustrações Luise Weiss














Adélia acordou com fome. Mas é domingo, a mamãe e o papai estão dormindo. Adélia faz bastante barulho, para ver se eles acordam. Bate com o pé no chão e nada. Abre e fecha a porta e nada. Balança o chaveiro e nada. Qual o pai e a mãe de filho pequenos que não viveu essa situação? E como é bacana encontrar em um livro infantil uma história assim, simples e boa da família se identificar? Mas no livro Adélia Cozinheira, escrito por Lia Zat e com ilustrações de Luisa Weiss, há algo além de um bom roteiro: o livro foi idealizado e publicado por um novo método de impressão em braille que vai permitir a edição em grandes tiragens, e é adequada tanto para quem é totalmente cego, quanto para quem tem visão subnormal ou normal. 

Tudo começou quando a escritora Lia Zatz conheceu um pai em uma livraria que procurava livros para sua filha deficiente visual. Lia começou a pesquisar o assunto no Brasil até que uma amiga em comum apresentou-a a designer gráfica Wanda Gomes, que também estudava o mesmo assunto. A coincidência aproximou as duas e em 2006 elas começaram os testes com o apoio técnico da Efeito Visual Serigrafia, uma gráfica de renome em São Paulo. “Esses testes eram sempre levados à apreciação das várias instituições, profissionais e educadores na área da deficiência visual. Em paralelo, fiz um curso de pós-graduação em design gráfico e os fundamentos teóricos me deram a segurança necessária para seguir em frente com o projeto de design e do sistema que batizamos de Braille.BR”, diz Wanda Gomes. 

Adélia é o primeiro livro de uma coleção. Na história, a pequena Adélia vive momentos de autonomia em casa tentando preparar um café da manhã de surpresa para os pais. Além do texto em braille, a ilustração também permite à criança descobrir do que o texto está falando, com desenhos em alto relevo, texturas e aromas (dá para sentir o cheiro de xampu em uma das páginas!). O livro recebeu incentivo da IBM Brasil através da Lei Rouanet, Ministério da Cultura, e, por enquanto, será distribuído em escolas e bibliotecas que atendam deficientes visuais. Wanda conversou com CRESCER. 

CRESCER: Como é o mercado de livros em braille pelo mundo? 
Wanda Gomes: O sistema braille é um sistema de escrita e leitura tátil que muito pouco se alterou desde a sua aprovação oficial, em 1854, no que diz respeito aos processos de impressão. Os livros impressos aqui no Brasil e no mundo, seja através de processo manual, computadorizado ou estereotipia gravam os sinais através de perfuração ou melhor, de um repuxo que produz alto relevo de um lado e baixo relevo do outro lado da folha de papel. 

CRESCER: E como é o mercado no Brasil? 
WG: O mercado ainda é extremamente carente, há muito o que fazer. E pessoalmente, acredito que este livro não esgota de maneira alguma as possibilidades gráficas para a pessoa com deficiência visual, mas é a prova concreta da existência de uma área com grande potencial de trabalho para o design gráfico. Não tenho dúvida alguma de que através das ferramentas que o design nos oferece, podemos projetar materiais com a finalidade de alterar e democratizar significativamente os meios de acesso da pessoa com deficiência visual à cultura e à educação. 

CRESCER: Qual o impacto desta tecnologia a partir de agora? O que vocês pretendem? Vão compartilhar essa tecnologia com outras editoras e ir atrás de bons títulos de literatura infantil no Brasil ou a ideia é criar somente novas histórias? 
WG
: Desejamos compartilhar, sim, e desejamos com esse projeto sensibilizar o mercado editorial, chamando a atenção para um nicho que é carente de produtos de qualidade. Esse sistema de impressão pode inclusive, ser aplicado sobre outros materiais além do papel. 

CRESCER: Qual a principal diferença entre o modo que é feito livro em braille hoje e o que você idealizou? 
WG: As três maiores diferenças entre o braille impresso de maneira convencional e o Braille.BR é, primeiramente, que este último não perfura o papel. Assim, o papel fica totalmente preservado e a impressão offset (impressão em tinta) também. A impressão do Braille.BR pode ser feita em ambos os lados da folha de papel. É impresso com um tipo de verniz totalmente transparente e isso dá um resultado final na impressão de altíssima qualidade, e os pontos da cela braille não atrapalham a leitura da pessoa que enxerga. 
Outro fator é que os pontos da cela no Braille.BR não cedem com a pressão dos dedos como acontece no braille convencional. Assim, o Braille.BR confere ao livro uma vida útil muito mais longa do que o braille comum. 

E ainda: o Braille.BR possibilita a combinação e utilização de texturas também com verniz e relevo. Com certeza, esse processo permite ao designer utilizar mais a sua criatividade no projeto de um livro ou outros materiais similares e oferecer ao deficiente visual informações muito mais ricas. 

CRESCER: O livro será comercializado? Haverá algum tipo de ação social/educacional com ele? 
WG: Essa primeira edição está sendo distribuída gratuitamente para entidades e bibliotecas públicas com acervo em braille. Algumas instituições educacionais do setor já nos procuraram com propostas de inclusão do livro em atividades de sala de aula. 
Estamos já trabalhando na produção uma edição comercial para meados de 2011. 

CRESCER: Quando teremos o próximo? 
WG: Simultaneamente à segunda edição do Adélia Cozinheira, estamos trabalhando também na produção do segundo volume da coleção Adélia.

sábado, 22 de outubro de 2011

Vaga para crianças especiais nas escolas regulares


Conseguir vaga para o aluno especial não é tudo. 
O desafio é fazer a criança permanecer no colégio


Lélia Chacon e colaboraram Fernanda Portela, Malu Echeverria, Mônica Brandão

Renata Chabetai
Débora concluiu o curso de magistério em Natal, Rio Grande do Norte, e se tornou professora. O que a destaca na busca desse sonho é ser portadora da síndrome de Down. Sua mãe, Margarida Araújo Seabra de Moura, atribui a trajetória de sucesso da filha à sua convivência na escola. “Ela sempre estudou em colégios comuns, que a aceitaram e fizeram de tudo para se moldarem às suas necessidades em vez de a forçarem a se adaptar ao seu padrão de ensino.” Para Margarida, essa é a verdadeira inclusão das pessoas com deficiência à sociedade e “ela se constrói aos poucos, com a troca de informações entre pais e professores que convivem com a deficiência”, explica.


Direito garantido


Para que experiências como a de Margarida e sua filha tenham bons resultados, os pais têm de saber antes que a escola é um direito de todos, garantido pela Constituição Federal e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). “Significa que a matrícula de uma criança não pode ser recusada por causa da sua deficiência”, afirma a procuradora da República, Eugênia Augusta Fávero, lembrando que essa é uma determinação da Resolução no 2, de 2001, do Conselho Nacional de Ensino. Na prática, segundo ela, o problema é que essa resolução assegura a entrada da criança com deficiência na escola, mas não a sua permanência, pois a escola pode decidir pelo seu encaminhamento para uma instituição de ensino especial ou para uma regular com sala especial. “Esse poder impede que a família e a criança escolham o que é melhor para elas, o que fere vários tratados internacionais contra a discriminação das pessoas com deficiência”, esclarece Eugênia. 
“É preciso discutir com a escola como ela pode mudar para atender a criança com deficiência, seja na arquitetura, seja em seu projeto pedagógico”, comenta o promotor de Justiça, Júlio Cesar Botelho, do Grupo de Atuação Especial de Proteção às Pessoas Portadoras de Deficiência, do Ministério Público Estadual de São Paulo. Segundo ele, a procura dos pais tem sido grande para garantir a permanência do filho na escola. “A resistência é maior para a criança com deficiência mental. Mas todos os casos têm sido resolvidos com negociações, sem que o Ministério Público precise recorrer a processos”, diz Botelho. 
As negociações, no caso da família de Flávio Nobre, que tem síndrome de Down, demoraram mais de um ano. O objetivo era evitar que o menino fosse transferido para uma sala especial. “A escola culpou o meu filho de não poder atendê-lo em vez de assumir que o problema era ela”, conta a mãe, Maria Madalena. Enquanto a situação não se resolvia, Flávio não ficou parado. Fazia natação e equoterapia e estudava com professora particular em casa. Por fim, foi encaminhado a uma sala comum. “O que foi negociado é que ele fizesse atividades de que gostasse, como educação física e artes. E, aos poucos, os professores e eu estamos avaliando a possibilidade de inseri-lo em mais atividades”, diz Maria Madalena. “Temos que provocar a escola a mudar e não esperar que se adapte para só assim acolher a criança especial”, defende.


A escola para todos Para a coordenadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diversidade (Leped), da Faculdade de Educação da Unicamp, Maria Teresa Eglér Mantoan, a inclusão do deficiente ocorre quando a escola se reorganiza pedagogicamente. Significa, por exemplo, trabalhar com ciclos de formação, em que as crianças são agrupadas pela faixa etária e não pelo nível de conhecimento. “Nesse sistema, o aprendizado é coletivo e a avaliação valoriza as habilidades de cada um. Na matemática, por exemplo, um colega consegue fazer contas, mas o outro, com deficiência, só consegue entender que não pode pagar a feira porque os produtos custam mais do que ele tem. Ambos aproveitam o conhecimento à sua maneira.” 
As instituições especializadas dão apoio ao processo, segundo a educadora, fornecendo à escola seus profissionais, como intérpretes da língua dos sinais dos surdos, a Libras, ou professores de braile para os cegos. “O ideal é que essa escola conte ainda com uma sala de recursos aberta a todos os alunos. É um espaço multimídia com equipamentos, incluindo máquinas de braile e computadores com programas de voz para os cegos. Todos podem perceber que suas desigualdades fazem parte do aprendizado”, afirma.
Melhor rendimento 
Há 14 anos o Colégio Jean Piaget, em São Paulo, trabalha com crianças especiais. Elas representam 15% dos alunos e são deficientes mentais, físicas e até superdotadas, segundo a coordenadora pedagógica Sônia Dreyfuss. “O rendimento deles é maior na escola regular, pois enfrentam situações que os desafiam. Se não conseguem de um jeito, tentam de outro”, avalia Sônia, que se ressente do movimento pela inclusão nas escolas particulares ser ainda muito incipiente. “Eu sinto isso quando esses alunos chegam ao fim do curso aqui, que é a 8a série, e tento encaminhá-los para outras instituições. Na maioria das vezes, as escolas alegam que não estão preparadas para recebê-los, mas percebo que é mais pelo medo do preconceito da sociedade”, diz Sônia. 
“Na escola pública o movimento de inclusão tem avançado mais”, avalia o consultor de inclusão social, Romeu Kazumi Sassaki, que acompanha o assunto na rede pública escolar de Goiás e de Minas Gerais. “De quatro anos para cá, das 1.280 escolas públicas de Goiás, 360 se tornaram inclusivas, e 88% delas tiveram sua arquitetura adaptada”, conta o diretor de Ensino Especial, da Secretaria de Educação do Estado de Goiás, Dalson Borges Gomes. No estado, não se abrem mais escolas especiais. “Hoje são 52 instituições que trabalham em parceria com a escola regular. Algumas especiais se transformaram em inclusivas, recebendo alunos da regular e outras se tornaram centros de referência de saúde e assistência social”, completa Gomes. A mãe de Matheus, 10 anos, comemora os avanços de seu filho, que é surdo, e mudou há três anos de uma sala especial para uma sala comum numa escola regular em Goiânia. “O convívio com outras crianças fez com que Matheus se tornasse menos dependente de mim e com vontade de aprender cada vez mais”, declara Aparecida Maria Campos de Sousa.


Como garantir a vaga de seu filho 
Segundo a procuradora da República, Eugênia Augusta Fávero, qualquer escola que se recusar a matricular a criança especial pode ser denunciada ao Ministério Público. “Os pais devem preparar um documento de solicitação de matrícula e estipular um tempo de resposta. O silêncio será entendido como recusa”, explica. 
O documento deve ser entregue na escola e protocolado, ou registrado no Correio ou no cartório. A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão tem uma cartilha que explica como deve ser a inclusão da criança com deficiência nas escolas da rede regular de ensino. A cartilha pode ser acessada no site www.pgr.mpf.gov.br (clique aqui para fazer o download da cartilha) e outras informações obtidas no telefone (61) 3031-6000.  
Fonte

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Colegas o Filme

COLEGAS será um filme que vai fazer as pessoas refletirem: se 3 jovens com síndrome de Down partiram em busca de seus sonhos, por que não fazer o mesmo? Como seria se todos buscassem realizar seu maior sonho?

Sinopse
Um filme que aborda de forma inocente e poética coisas simples da vida através dos olhos de três jovens com síndrome de Down. São eles: Stalone, Aninha e Márcio, colegas que se comunicam basicamente através de frases célebres de cinema, resultado dos anos em que trabalharam na videoteca do Instituto Madre Tereza, local onde vivem.
Um dia, inspirados pelo filme Thelma & Louise, resolvem fugir no carro velho do jardineiro (Lima Duarte) em busca de seus sonhos: Stalone quer ver o mar, Marcio quer voar e Aninha busca um marido pra se casar. Nessa viagem, enquanto experimentam o sabor da liberdade, envolvem-se em inúmeras confusões e aventuras como se a vida não passasse de uma eterna brincadeira.

Breno Viola, Ariel Goldemberg e Rita Pokk
Trio vai dar o que falar: o judoca carioca Breno Viola com o casal 
de atores Ariel Goldemberg & Rita Pokk

Lima Duarte, personagem que narra o filme, conversa com o diretor 
Marcelo Galvão durante ensaio (detalhe na blogueira fotografando).



Saiba mais em: 
colegasofilme.wordpress.com